Flor da Alquimia

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Agulha de pinheiro

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Revisão literária sobre identificação das espécies e suas propriedades medicinais

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jan 25, 2025
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Agulha de pinheiro
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Darei início a uma sequência de publicações abordando a agulha de pinheiro, suas espécies, áreas de distribuição geográfica, informações botânicas para facilitar a identificação, farmacologia e apresentação dos principais artigos sobre os usos medicinais de cada espécie. E vamos abordar também em uma publicação futura, após a apresentação das espécies, os princípios ativos que mais chama atenção dos pinheiros - suramina e ácido shikimico que foram amplamente discutido desde o COVID-19.

Desde o início da pandemia do COVID-19, os benefícios da agulha de pinheiro ressurgiu com força como um neutralizador dos potenciais maléficos da proteína spike, das vacinas e também com os efeitos pós covid e pós vacina.

Sabemos que não tem como neutralizar totalmente uma vacina após ser administrada, principalmente as que tem mRNA. O que podemos fazer é amenizar os estragos e para quem sofre com os efeitos adversos, uma pequena melhora do quadro é uma vitória.

Com isso, tem alguns meses que venho trabalhando na coleta de material científico, conteúdos de médicos que levantaram os benefícios do uso da agulha de pinheiro ainda que off-label e revisão bibliográfica bem robusta para compilar as melhores informações.

Pelos comentários que li nas postagens e vídeos pelas redes sociais no que se refere a agulha de pinheiro, vi que há uma grande confusão de qual a espécie do pinheiro, qual parte utilizar, como fazer para ter os benefícios da agulha de pinheiro. Isso me fez realizar este trabalho para tentar explicar melhor. Aqui é para livres pensadores, sem a pretensão de está certa ou errada, mas de alguma forma contribuir para conhecimentos e quem quiser contribuir para o enriquecimento dos artigos, peço que me mandem mensagem pelo chat privado. Todas as contribuições que me fizerem, darei os devidos créditos!

Observação: O material contido neste site é destinado apenas para fins educacionais e nenhuma responsabilidade é assumida por infortúnios resultantes do uso indevido de preparações botânicas. Este material não dispensa orientação médica e é de sua inteira responsabilidade a utilização das mesmas. Apresento aqui informações retiradas de conteúdos técnicos e artigos com fontes verificáveis durante a matéria, basta clicar nas partes sublinhadas e sobre as fotos.

História do pinheiro

O significado histórico do chá de agulhas de pinheiro tornou-se evidente quando exploradores europeus o encontraram durante suas viagens. Um dos exemplos mais famosos remonta a 1543, quando os iroqueses salvaram a tripulação do explorador francês Jacques Cartier do escorbuto usando chá de agulhas de pinheiro. Este incidente marcou uma virada na compreensão dos potenciais benefícios à saúde desta bebida.

Nos séculos XVIII e XIX, os marinheiros começaram a contar com o chá de agulhas de pinheiro para combater o escorbuto durante longas viagens marítimas. O alto teor de vitamina C nas agulhas de pinheiro as tornou um remédio eficaz contra essa doença mortal causada pela deficiência de vitamina C. Esta aplicação prática do chá de agulhas de pinheiro destaca seu papel na formação da história e exploração marítima.

Na Medicina Tradicional Chinesa, o chá de agulhas de pinheiro tem sido associado à desaceleração do processo de envelhecimento. Essa crença provavelmente decorre do alto teor de antioxidantes encontrado nas agulhas de pinheiro. Sacerdotes taoístas, como Wu Boli, do final do século XIV ao início do século XV, se inspiraram na resiliência dos pinheiros e consumiram agulhas de pinheiro, pinhas e resina para fortalecer seus corpos.

Os usos tradicionais do chá de agulhas de pinheiro vão além da bebida. Em algumas culturas, os vapores das agulhas de pinheiro inflamadas eram inalados para aliviar dores nas costas. Banhos de pinho, feitos adicionando infusões de agulhas de pinheiro à água do banho, eram usados ​​para aliviar dores musculares e reduzir a irritação da pele e a ansiedade. Fonte

Existe aproximadamente 110 espécies de pinheiro do gênero Pinus distribuídas principalmente no hemisfério norte, embora também ocorram em áreas subtropicais e tropicais da América Central e da Ásia. Há muita controvérsia no reconhecimento das espécies de pinus e há muitos erros em matérias disponíveis pela internet que indicam para consumo, mas não determinam a espécie, muito menos leva em consideração as características botânicas que nos norteiam na identificação as espécies de pinus. Por isso, peço prudência ao consumir.

O gênero Pinus (Pinaceae), que compreende mais de 100 espécies e é distribuído principalmente no Hemisfério Norte, são geralmente árvores perenes, enquanto algumas são arbustos [ 1 ]. A madeira de pinheiro é leve e frequentemente usada para móveis. No entanto, vários efeitos farmacológicos das agulhas nos brotos de pinheiro foram registrados nos livros antigos da medicina tradicional chinesa. Em “The Divine Husbandman's Herbal Foundation Canon”, as agulhas de pinheiro promoveram o crescimento do cabelo, prolongaram a vida e saciaram a sede. Em “Taiping Shenghui Fang”, foi registrado que as agulhas de pinheiro podiam ser cozidas com álcool e apresentavam um efeito antienvelhecimento. Hoje em dia, as agulhas de pinheiro são processadas como chá e são populares na Ásia. Na Coreia, os constituintes do chá de agulhas P. densiflora, bem como suas bioatividades antioxidantes e antibacterianas foram extensivamente investigados [ 2 , 3 ]. Desde o início do século passado, mais de setecentos compostos foram identificados a partir de agulhas de Pinus . A maior parte da literatura relatada está relacionada ao óleo essencial de P. densiflora [ 4 , 5 ], P. halepensis [ 6 , 7 ], P. nigra [ 4 , 8 ] e P. sylvestris [ 4 , 9 ]. Os componentes caracterizados das agulhas de Pinus são principalmente benzenoides, diterpenoides, flavonóides, lignanas, monoterpenoides e sesquiterpenoides [ 10 ]. As agulhas de P. densiflora e P. morrisonicola foram relatadas por sua bioatividade antioxidante. Fonte

Sobre os termos:

Fascíolas: haste que saí as acículas (agulhas)

Agora, vamos começar a conhecer a fundo sobre as espécies distribuídas no Brasil, como identificar cada uma e usos medicinais dos pinus.

No Brasil

O Pinus é uma fonte valiosa de madeira, usada para construção civil, fabricação de papel e produtos para saúde.

O pinus (Pinus spp.) é um gênero de coníferas de grande importância para o setor florestal brasileiro, ocupando um papel crucial na economia nacional e no desenvolvimento sustentável do país. Sua introdução no Brasil, no início do século XX, visando a recuperação de áreas degradadas e a produção de madeira, provou ser um grande sucesso, transformando o país em um dos maiores produtores e exportadores de produtos florestais derivados do pinus.

À exceção da Região Sul, onde se encontram as melhores condições de solo e clima para o cultivo, a área plantada com espécies do gênero Pinus não tem se expandido de forma expressiva nos últimos anos

CURIOSIDADE: A glândula pineal recebeu esse nome em homenagem à pinha, embora isso provavelmente se deva apenas ao formato. No Egito Antigo, a pinha era ligada ao despertar espiritual. A localização da glândula pineal, no fundo do cérebro, levou filósofos como Descartes a especular sobre sua importância espiritual. Chamar esse órgão de "terceiro olho" é adequado, pois a glândula é responsável pela produção de melatonina, que regula nosso ritmo circadiano ao se relacionar com receptores de luz nos olhos - o órgão desempenha um papel crítico em nos ajudar a navegar entre a vida adormecida e a vida desperta. Suspeito que os pinheiros gostam de histórias como essa e podem muito bem passá-las para suas mudas nas longas noites de inverno - "essas criaturas símias acreditam que podemos ajudá-las a acordar".

Atualmente, as principais espécies do gênero plantadas no Brasil são : P. taeda( pinheiro-loblolly), P. elliottii, P. caribaea em suas três variedades caribaea, hondurensis e bahamensis, P. oocarpa, P. tecunumanii, P. maximinoi e P. sylvestris, P.Strobus e P.vermelho.

Todos os pinheiros têm um papel fundamental em nossas vidas, desde a extração da terebentina que está presente no dia a dia de todos nós, como sua contribuição ecológica e suas inúmeras propriedades medicinais. Ainda é muito pouco pesquisada as suas atividades farmacológicas. Colocarei a seguir algumas espécies que tem mais estudos sobre suas propriedades medicinais e que são facilmente achadas no Brasil.

Pinus Pinaster

O gênero Pinus Pinaster - pinheiro marítimo francês - Pinus pinaster Ait. subespécie atlântica é uma fonte bem conhecida de antioxidantes, principalmente compostos fenólicos, incluindo procianidinas e outros flavonóides e ácidos fenólicos, já disponíveis no mercado como suplementos alimentares ou remédios fitoquímicos, como o Pycnogenol™, um extrato de casca padronizado de Pinus marítima, com uma notável variedade de atividades biológicas, usado também no tratamento de inflamação crônica e disfunção circulatória. Existem vários extratos comerciais de casca de pinheiro, Oligopin®, Pycnogenol® e Flavangenol® no entanto, o Pycnogenol® (PYC) é o mais conhecido e estudado. [2] O Pycnogenol®, marca registada da Horphag Research.

Farmacologia

O seu alto poder antioxidante resulta na proteção do organismo contra os radicais livres. Desta forma ele neutraliza a ação dos radicais livres do óxido nítrico (NO) e apresenta ação antioxidante contra a placa ateromatosa, através da supressão da oxidação do LDL nos vasos. Outra ação é o aumento da resistência vascular selando a parede dos vasos danificados. Aumenta a resistência capilar facilitando a microcirculação. Reduz a permeabilidade vascular prevenindo o edema da insuficiência crônica. Reduz a agregação plaquetária prevenindo a formação de trombose. Além de efeitos cardiovasculares, por apresentar substancias antioxidantes, pode ser observado uma série de efeitos benéficos ao organismo levando a prevenção do envelhecimento celular e do organismo.

Reações adversas: Não foram evidenciados. Precauções: Não indicado para gestantes. Interações Medicamentosas: Não foram evidenciados

PARTE UTILIZADA: casca

Pinus Pinaster - Aglomerado de 2 a 3 acículas (agulhas) que medem até 25cm

Pinheiro Sylvestris - Pinheiro Silvestre

Pinus sylvestris - 2 acílulas (agulhas), medindo de 4-9 cm de comprimento - O termo "pinheiro silvestre" é incorreto e não deve ser usado, pois essas árvores não são fonte dessa famosa substância tóxica.

Espécies de clima mediterrânico como P. pinaster, P. pinea, P. ponderosa, P. sylvestris, P. radiata e outras não encontram condições para crescimento sadio na maior parte do Brasil, visto que necessitam de um regime que ofereça período seco no verão e chuvoso no inverno. Fonte

Ainda assim, é possível achar algumas poucas espécies na região sul do Brasil.

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